Já o Raghba Classic traz algumas notas a mais, como benjoim, ambergris e mirra, e a saída de outras, como o sândalo e o musk, o que já muda e muito a cara do perfume nas duas primeiras horas. Fica mais com cheiro de tinta de caneta, mais "molhado", férrico, com um aspecto (segundo a maioria das pessoas) mais feminino, perdendo o cheiro esfumaçado do seu antecessor. Duas horas depois, o ambergris dá uma acalmada, e o cheiro fica super equilibrado na pele, com o oud e o incenso aparecendo e as outras notas de sustentação dando uma encorpada. Mantém-se a quantidade de "açúcar" do antecessor, mas com um cheiro mais enriquecido. Acabou sendo o meu preferido.
E por fim, o Raghba for Man, versão exclusivamente masculina, limitada, com um apelo mais comercial. Não que seja idêntico, mas o aroma é praticamente um irmão gêmeo do Cool Water da Davidoff, do Green Irish Tweed (GIT) da Creed, e dos nacionais mais conhecidos por aqui como Quasar da Boticário e Ladro da Lacqua di Fiori. Um fougère tradicional, com limão, ervas, um aroma mais "folha seca" e uma base bem mineral de ambergris e cedro. Verde/cítrico, porém seco. Compra certa e mais assertiva do que os demais Raghba citados. Excelente fixação, projeção muito evidente, mas com um cheirinho de "deja vu". Narizes menos treinados certamente poderão se decepcionar com tamanha semelhança entre ele e os outros perfumes listados nesse parágrafo, mas por não ser um perfume caro e ter uma performance acima do esperado, acaba por não gerar lamentações.
Considerações finais: três excelentes composições, minimalistas porém bem ricas em aromas. Dois perfumes totalmente não convencionais, e um nada inovador mas com enorme aceitação. De toda forma, JAMAIS compre os perfumes da grife se não gostar de cheiro de incenso. Já para os amantes dessa nota, se joguem!
Forte abraço a todos.
Créditos: Tiago Lulu França, da Tô na moda imports.
Site: http://www.tonamodaimports.com.br/